Guia de tratamento clínico da infecção pelo HIV em pediatria

Policies & Strategies
Brasília
2006
168 p.

A necessidade de rever e sistematizar questões complexas e controversas no âmbito da terapêutica anti-retroviral - TARV - em crianças levou o Programa Nacional de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids, do Ministério da Saúde, a constituir grupos de trabalho para discussão e elaboração de documentos que refletissem o Consenso Nacional a propósito do tema. O primeiro Consenso sobre Terapia Anti-retroviral em Crianças foi publicado em 1997. A partir de 1998, os avanços importantes no cuidado das crianças expostas e infectadas foram incorporados nos novos Guias de Tratamento da Infecção pelo HIV em Crianças, publicados em 1998, 1999, 2000, 2001 e 2004. Estas revisões se apoiaram nos conhecimentos disponíveis em cada momento, na progressiva compreensão da dinâmica viral e celular na infecção pelo HIV e nas crescentes possibilidades terapêuticas, com o desenvolvimento das novas classes de medicamentos e a utilização da terapia anti-retroviral combinada. Estiveram sempre baseadas nos conhecimentos oriundos da literatura e nas diretrizes e propostas de intervenção vigentes em outros países (EUA e Comunidade Européia), aliados à experiência acumulada pelos profissionais brasileiros ao longo desses anos. Considerando a necessidade de incorporar novos fármacos e de atualizar as novas indicações e esquemas terapêuticos ao Guia de Tratamento da Infecção pelo HIV em Crianças, o Programa Nacional de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids do Ministério da Saúde realizou, entre novembro de 2005 e maio de 2006, reuniões do Grupo Assessor de Terapia Anti-retroviral em Crianças para promover a revisão do documento de Consenso anterior, elaborado em outubro de 2003. Os novos conhecimentos e a experiência acumulada nortearam a elaboração deste Guia. Novos itens foram acrescentados, especialmente no que se refere às co-infecções e aos efeitos adversos do tratamento anti-retroviral no feto, recém-nascido e lactente. Estes temas foram desenvolvidos visando fornecer aos profissionais da área uma maior compreensão de todos os aspectos envolvidos na atenção do lactente jovem infectado pelo HIV. Da mesma forma, incluímos item específico sobre atenção aos adolescentes. As mudanças ocorridas no arcabouço laboratorial, com a possibilidade de utilização do Teste Rápido em maiores de 18 meses e dos novos critérios de utilização da Genotipagem, levaram à inclusão destes dois itens.Oáobjetivo fundamental do presente texto é servir como Guia Terapêutico, priorizando esquemas que possibilitem um maior número de trocas possíveis, quando necessárias, sem prejuízo da resposta clínica e imunológica, utilizando- se racionalmente os recursos terapêuticos e reduzindo - se o risco de efeitos adversos. Recomenda-se, ademais, queásejam consultadasáoutras fontes para a compreensão de todos os aspectos envolvidos nos cuidados necessários às crianças infectadas pelo HIV, notadamente as mais recentes diretrizes européias e norte-americanas citadas na bibliografia consultada.

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