Drogas nas escolas: versão resumida

Toolkits & Guides
Brasilia
UNESCO Brasilia/Rede Pitágoras
2005
143 p.

A presente edição foi especialmente preparada para atender as escolas brasileiras. Trata-se da versão resumida do livro Drogas nas Escolas, de Mary Castro e Miriam Abramovay lançado em 2002 com grande repercussão na imprensa. A pesquisa que deu origem a esse livro procurou privilegiar a visão de mundo dos alunos, do corpo técnico-pedagógico das escolas e dos pais, sobre o consumo de drogas e temas correlatos. O estudo envolveu crianças e jovens do ensino fundamental e médio de 14 capitais brasileiras. Essa abrangência contribuiu para um melhor conhecimento do ideário dos principais atores presentes no processo. Drogas e violências são temas em evidência e, embora se tenha falado muito sobre eles, paradoxalmente nunca se silenciou tanto a respeito desse complexo problema, sobretudo no que diz respeito à relação que possuem com os processos sociais, como por exemplo, as desigualdades culturais e educacionais que os permeiam. Em geral, prevalece uma perspectiva que colabora para reforçar estigmas e preconceitos, o que pode, inclusive, comprometer uma postura preventiva e fortalecer, por conseguinte, uma conduta repressiva. Daí a importância da escola e dos educadores que precisam cada vez mais conhecer a teia de complexidades que os envolvem e as medidas que estão ao alcance da instituição escolar em sua missão formadora e educadora. Nessa direção, o estudo apresenta uma série de recomendações que consideramos da mais alta importância para o projeto pedagógico da escola. Entre essas recomendações, o presente estudo defende a tese de que é preciso criar escolas protegidas, isto é, escolas voltadas à proteção integral, o que significa lidar com o tema de drogas não somente por meio de programas específicos, mas pela instauração de uma outra concepção de escola. Para tanto, é necessário mobilizar diversos vetores socioeducacionais, quais sejam, escolas que sejam capazes de estimular nos jovens a busca de outras alternativas, que possibilitem aventuras no campo do conhecimento e das diversões, que ofereçam perspectivas para outros sentidos do prazer que não as drogas, para a solidariedade e a importância de conhecer e viver com horizontes que dignificam a vida no plano individual e da responsabilidade social. Além disso, as escolas devem estimular nos jovens o sentimento de fazer parte da comunidade escolar, como sujeitos de um processo de grande alcance social e coletivo.

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