Rotinas de Assistência Domiciliar Terapêutica (ADT) em HIV/AIDS

Policies & Strategies
Brasília
2007
156 p.

A Assistência Domiciliar Terapêutica em Aids (ADT), implantada em 1995 no Brasil, constitui-se em uma modalidade assistencial com o objetivo de prestar atendimento multidisciplinar diferenciado, em nível domiciliar, às pessoas que vivem com HIV/AIDS. Contando com uma equipe formada por médico, enfermeira, assistente social e psicólogo, visa proporcionar ao paciente e sua família uma assistência integral, uma melhor qualidade de vida e uma redução no índice de demanda e ocupação dos leitos hospitalares. Originados a partir de unidades públicas de saúde préexistentes Hospital Convencional (HC), Hospital-Dia (HD), Serviço Ambulatorial Especializado (SAE) e Unidade Básica de Saúde, a ADT deve refletir a política de saúde local com uma preocupação na melhoria da assistência aos portadores do HIV/AIDS e na deshospitalização convencional. Desde os primeiros casos de AIDS, o estabelecimento de cuidados a domicílio demonstrou benefícios no tratamento da doença. Embora a cura ou uma vacina ainda não tenham sido desenvolvidas, a melhoria dos métodos diagnósticos, a utilização de drogas antiretrovirais, o tratamento precoce das infecções oportunistas associadas à AIDS e o seguimento assistencial têm estendido a sobrevida do paciente, proporcionando-lhe maior período de tempo para desfrutar da vida em sua comunidade, especialmente do convívio com a família. A assistência domiciliar é uma forma de tratamento utilizada com sucesso em outros países. No Brasil, o desenvolvimento das atividades da Assistência Domiciliar Terapêutica (ADT) para as pessoas vivendo com HIV/aids baseia-se na concepção de mobilização conjunta dos recursos da comunidade, dos familiares e dos profissionais de saúde e considera a possibilidade do paciente ser mantido em seu próprio domicílio, atendido por uma equipe clínica multidisciplinar e alguns recursos hospitalares que assegurem a assistência médica, dividindo com a família os cuidados ao paciente. Os cuidados no domicílio têm a vantagem de promover, por meio de contato direto em um cenário singular, a aquisição de conhecimentos e a modificação de hábitos e atitudes, beneficiando as condições de saúde. Porém, é de fundamental importância o estabelecimento de uma rede de referência e contra-referência com outros serviços, tais como hospitais, hospital-dia (HD), serviços de assistência especializada (SAE), unidades básicas de saúde (UBS), programas de saúde da família (PSF) e casas de apoio, no intuito de possibilitar a integração entre os serviços de assistência à saúde das pessoas vivendo com HIV/aids.

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